Baseado no tamanho do meu amor por você, criaram o infinito.
Porque nada no mundo conseguia mensurar o que eu sentia. É mais intenso que qualquer explicação. É aquele tipo de amor que não nasce todos os dias, que não se encontra por aí como quem encontra sorte ao acaso.
É raro. Verdadeiro. E, acima de tudo, puro.
Mas o destino, irônico e cruel, decidiu mudar tudo isso. O destino resolveu me punir.
Justo no momento em que eu mais esperei por você, no instante em que bastava uma ligação — você não apareceu.
Quando alguém representa o infinito para o outro, esse alguém deveria permanecer. Mas você não apareceu no dia mais importante para mim. E assim, o meu infinito se reduziu a nada.
Naquele dia em que meus olhos te procuraram e não te encontraram, algo dentro de mim se desfez. Como se uma parte da minha alma tivesse se partido em silêncio. Minha fé, minhas esperanças, meus planos… tudo ruiu.
Eu não te culpo por estar amando outra pessoa. O amor, afinal, não é promessa nem obrigação. Ele simplesmente acontece… ou não.
Dizem que o amor verdadeiro é aquele que deseja a felicidade do outro, mesmo que ela não esteja ao nosso lado. Mas a verdade é que dói.
Dói como só dói quem ama de verdade.
Talvez um dia você entenda. E, se nunca entender, tudo bem.
Porque mesmo ferido, mesmo ignorado, mesmo esquecido — o que eu senti foi real. E isso… ninguém me tira.
Agora, sigo tentando me reconstruir.
Não do fim de uma história, mas da ausência de um recomeço.
Aprendendo a existir sem a sua presença, sem as suas palavras, sem o seu abraço e sem o seu encaixe.
Tentando aceitar, dia após dia, que nem todo amor encontra retorno — e que, às vezes, o infinito é apenas um lugar solitário demais para se amar sozinho.
